Tinha tudo para ser uma noite boa para oSão Paulo . Além de mostrar em campo, no primeiro tempo, superioridade técnica sobre o anfitrião Once Caldas, o goleiro Rogério Ceni entrava para a história. Com o gol de falta aos 33 minutos, tornava-se o maior artilheiro isolado do clube na Taça Libertadores, com 11 tentos. Mas, na segunda etapa, o time comandado por Milton Cruz caiu de produção, foi derrotado pelo dono da casa, de virada, por 2 a 1 - gols de Uribe e Moreno -, na noite desta quinta-feira, no estádio Palogrande, em Manizales, e perdeu a liderança.
Com o resultado, os colombianos, que seguem sem derrotas em casa em 18 jogos na história da competição continental - foram 12 vitórias e seis empates -, assumiram o primeiro lugar do Grupo 2, com seis pontos ganhos. O Tricolor segue com três somados, empatado com o Monterrey (MEX).
O próximo compromisso do time paulista na Libertadores é contra o Nacional, no Paraguai, no dia 11 de março. E o Once Caldas recebe o Monterrey no dia 10.
Ceni abre o placar e entra para a história
Ceni celebra seu 11º gol em Libertadores
A torcida do Once Caldas atendeu aos apelos da comissão técnica e compareceu em grande número ao estádio Palogrande. Empolgação não faltou no início: chuva de papel, cantos e muita, muita fumaça. O time, em campo, sentiu a vibração e foi para cima.
O técnico Juan Carlos Osorio surpreendeu na escalação ao montar o esquema com três volantes de marcação no meio e três atacantes fixos. Com Moreno, Uribe e Santoya na frente, a equipe da casa armou uma blitz e não deixou o Tricolor passar do meio-campo nos primeiros minutos. O primeiro lance de perigo colombiano aconteceu aos quatro minutos, quando Santoya avançou nas costas de Jorge Wagner pela esquerda e bateu cruzado. Rogério Ceni espalmou pela linha de fundo.
Aos poucos, a empolgação colombiana diminuiu. O Tricolor, finalmente, conseguiu sair para o jogo. Aos dez minutos, em rápido contra-ataque, Washington deu passe açucarado para Cléber Santana, travado no momento do chute. Na volta, Cicinho cruzou para Washington, que cabeceou por cima do gol adversário.
O tempo passava, e o São Paulo controlava bem as ações do adversário. Fiel ao estilo da marcação forte e saída rápida para o ataque, o time ganhou jogada pelas duas pontas. Isso porque Milton Cruz mudou o posicionamento de Hernanes. O camisa 10 foi jogar bem aberto pela esquerda para fazer dupla com Jorge Wagner e aproveitar os avanços de Vélez. O mesmo aconteceu pela direita, com Cléber Santana aparecendo para o jogo e contando com a companhia de Cicinho.
O melhor futebol do São Paulo se refletiu em vantagem no marcador aos 33 minutos. Hernanes fez bela jogada pela esquerda e foi derrubado na entrada da área. Falta que Rogério Ceni cobrou rasteiro, no meio da barreira, que abriu. A bola desviou e enganou o goleiro Martinez, que pulou para o lado esquerdo, enquanto a bola entrou no lado direito. Festa para Ceni, que, com o tento, tornou-se o maior artilheiro da história do São Paulo na Taça Libertadores, com 11 gols marcados.
O gol fez o estádio Palogrande se calar. E o São Paulo, no contra-ataque, quase fez o segundo. Marcelinho recebeu passe de Washington pela esquerda, cortou a marcação e bateu rasteiro, de pé direito. A bola saiu à direita do gol de Martinez, com perigo.
O Once Caldas, após alguns minutos perdidos, voltou ao ataque. E, antes do fim do primeiro tempo, só não empatou a partida porque parou em Rogério Ceni. Aos 41, o goleiro defendeu em dois tempos uma cobrança de falta de longe de Valencia. E, já nos descontos, o camisa 1 fez grande defesa em chute cruzado de Moreno, após falha de Xandão pelo alto.
Virada do dono da casa
No segundo tempo, o técnico do Once Caldas resolveu partir para o tudo ou nada. Ele sacou o volante Castrillón para colocar o meia-atacante Cardenas. Logo aos três minutos, o time teve grande chance com Santoya, que recebeu passe açucarado de Moreno e chutou rasteiro, obrigando Rogério Ceni a fazer grande defesa. No minuto seguinte, saiu o gol de empate. Após cobrança de lateral, Marcelinho Paraíba foi tentar ajeitar de peito para Jorge Wagner e tocou fraco. Santoya aproveitou o vacilo e cruzou na cabeça de Uribe, que se antecipou a Xandão e testou firme, no canto direito de Rogério Ceni. O estádio Palogrande veio abaixo.
O São Paulo sentiu o golpe e, por muito pouco, não tomou o gol da virada logo depois. Cardenas fez bela jogada pela esquerda e, de pé direito, acertou o travessão de Rogério Ceni. Na volta, Santoya chutou em cima de Miranda.
O Once Caldas adiantou sua marcação e armou novamente uma blitz. Tinha o controle da partida. Estranhamente, o São Paulo mudou o posicionamento que tinha dado certo no primeiro tempo. Hernanes, que havia ido muito bem pela esquerda, foi para a direita, e Cléber Santana,i para a esquerda. E o time demorou a acertar o seu posicionamento. Quando conseguiu, teve uma grande chance para marcar. Aos 24, Cléber Santana, da entrada da área, deu passe açucarado para Washington que, cara a cara com Martinez, chutou em cima do goleiro, perdendo um gol inacreditável.
Já dizia o ditado popular que quem não faz, toma. E foi exatamente o que aconteceu com o São Paulo. Dois minutos após Washington não conferir, aos 26, Moreno marcou um golaço. Após falha de Jorge Wagner na esquerda, o camisa 17 arrancou do meio-campo, passou por Jean, deu "ovinho" em Miranda, invadiu a área e bateu cruzado, sem defesa para Ceni. Festa para o atacante, que reestreava no time colombiano. Logo depois, o mesmo Moreno arriscou bomba de fora da área. O goleiro são-paulino, milagrosamente, evitou o terceiro gol.
Irritado com o desempenho do time, Milton fez a primeira alteração. Sacou o apagado Marcelinho Paraíba e colocou Rodrigo Souto, que reestreou pelo Tricolor. Com isso, deu ainda mais liberdade para Cléber Santana e Hernanes encostarem em Washington. A tentativa, no entanto, não deu certo. Isso porque o time já não contava com o apoio dos laterais. Cansados, Cicinho e Jorge Wagner não passavam mais do meio-campo. O time só voltou a assustar Martinez aos 41, em lance de Cléber Santana pela esquerda. Ele avançou sobre a marcação adversária, cortou para o meio e bateu rasteiro. O goleiro colombiano rebateu como pôde e, na sobra, a defesa colombiana afastou o perigo.
Ceni ainda precisou trabalhar antes do apito final, com algumas defesas simples. Mas certamente o goleiro deve ter deixado o campo com uma sensação de tristeza, mesmo no dia em que atingiu mais uma marca histórica. Ricardo Gomes, que se recupera de um sangramento cerebral e está de licença, também não deve ter gostado de ver o resultado negativo pela TV.
Ficha técnica:
ONCE CALDAS 2 x 1 SÃO PAULO | |
Martinez, Vélez, Vizcarrondo, Henríquez e Nuñez; Castrillón (Cardenas), Valencia e Arias; Moreno, Uribe (Amaya) e Santoya (Baena). | Rogério Ceni, Cicinho, Xandão, Miranda e Jorge Wagner; Jean, Richarlyson, Cléber Santana e Hernanes; Marcelinho Paraíba (Rodrigo Souto) e Washington. |
Técnico: J. Carlos Osorio. | Técnico: Milton Cruz. |
Gols: Rogério Ceni, aos 33 minutos do primeiro tempo; Uribe, aos quatro minutos, e Moreno, aos 26 minutos do segundo tempo. | |
Estádio: Palogrande, em Manizales (COL). Data: 25/02/2010. Cartão amarelo: Henríquez. Árbitro: Pozo (CHI). Auxiliares: Patrício Basualto (CHI) e Francisco Mondria (CHI). |
Sem dificuldades, Palmeiras passa pelo Flamengo-PI e avança na Copa do Brasil
Time de Antônio Carlos faz 4 a 0 no Palestra Itália e, pela segunda vez seguida em 2010, vê defesa sair ilesa de uma partida
Foram somente 6.850 torcedores na fria noite de verão em São Paulo, com 18º C no termômetro do Palestra Itália nesta quinta-feira. E o pequeno público viu o Palmeiras decidir a vaga para a segunda fase da Copa do Brasil ainda no primeiro tempo do jogo contra o Flamengo-PI: 4 a 0, com três gols na etapa inicial. Robert (2), Léo e Edinho marcaram para o time paulista, que havia vencido a primeira partida, em Teresina, por 1 a 0.
A facilidade com que levou o jogo diante do fraco adversário piauiense não fez a torcida alviverde se lembrar que, há uma semana, o estádio fervia com a derrota por 4 a 1 para o São Caetano, pelo Campeonato Paulista. Resultado que levou à queda de Muricy Ramalho.
Na segunda partida comandada por Antônio Carlos, o time saiu novamente com a defesa ilesa. Depois dos 2 a 0 sobre o São Paulo, no último domingo, Marcos mais uma vez não viu a bola entrar na sua rede. Sequência que não aconteceu neste ano durante a gestão Muricy.
Agora, a equipe paulista enfrenta o Paysandu no próximo dia 17, em Belém. Antes disso, o time volta a jogar pelo Paulista, neste domingo, contra o Rio Claro, no interior paulista, às 19h30m.
Palmeiras passeia no frio Palestra Itália
Os torcedores que se arriscaram a ir ao Palestra Itália na fria noite desta quinta-feira não ficaram encolhidos por muito tempo. Logo aos dois minutos, Deyvid Sacconi foi derrubado na área, em pênalti cometido por Serginho. Na batida, Robert fez a galera pular, aquecendo as arquibancadas.
O Palmeiras jogou fácil, sem encontrar muita resistência do rival. O time piauiense tentou fechar um pouco a marcação depois de sofrer o primeiro gol. Mas a barreira armada pelo treinador Valter Maranhão durou pouco mais de 20 minutos.
Em cobrança de escanteio de Marquinhos, a bola foi alçada na segunda trave para Danilo. O zagueiro não conseguiu um arremate perfeito. Mas Léo, seu companheiro de zaga, acertou a cabeçada, mesmo se chocando com Tote, e marcou 2 a 0, aos 26 minutos. O camisa 4 correu por um instante para comemorar, mas logo foi ao solo, com um corte na cabeça. Seu adversário no lance também precisou de atendimento para conter o sangue - ambos voltaram para a partida depois de colocarem curativos.
Com um atacante isolado na frente - Leandro Porto vivia solitário entre os zagueiros do time paulista - , o Flamengo-PI não ameaçava. Nos três escanteios que o visitante teve a favor, somente em um Marcos encostou na bola, encaixando-a com facilidade. Os outros dois foram direto para fora.
Tocando a bola com tranquilidade, o Palmeiras logo chegou ao terceiro gol ainda na primeira etapa. Em belo passe, Diego Souza encontrou Deyvid Sacconi, que passou na sequência para Robert fazer seu segundo tento na noite. O atacante estava impedindo no lançamento de Diego Souza, mas o auxiliar entendeu que ele não participou da jogada, apesar de o atacante ter corrido em direção à bola.
Houve tempo ainda para Robert e Deyvid Sacconi perderem duas chances cada um, com apenas o goleiro Herivélton pela frente. Mas foram poucos torcedores que reclamaram das falhas na pontaria com 3 a 0 no placar.
Palmeiras administra o placar
Depois de cinco minutos de atraso para o reinício do jogo, o Flamengo-PI retornou ao campo com um atleta a menos. Tote, que teve um choque com Léo no primeiro tempo, ficou no vestiário para cuidar do curativo na cabeça. Quando voltou ao gramado, a bola já estava em movimento, promovendo um instante inusitado na partida.
No primeiro lance de perigo, ainda sem Tote em campo, o time de Teresina assustou o goleiro Marcos. Em cobrança de falta de Alessandro, o camisa 12 se esticou todo para garantir que a bola iria para fora - ela passou rente à trave esquerda. O dono da casa devolveu o golpe aos dez minutos. Também em cobrança de falta, Diego Souza tentou acertar o canto esquerdo de Herivélton, mas a bola saiu pela linha de fundo.
Com a partida praticamente decidida, o treinador Antônio Carlos tratou de poupar alguns atletas. Depois de já ter sacado Léo no intervalo, o treinador palmeirense tirou Robert, artilheiro da noite, e colocou Willian.
Depois de perder várias chances de ampliar, o Palmeiras voltou a marcar aos 29 minutos. E com um golaço. Ivo, substituto de Diego Souza, desceu livre pela esquerda e encontrou Edinho do outro lado do campo. O defensor se esticou e acertou um lindo voleio: 4 a 0. O camisa 3 comemorou, mas foi Ivo que teve seu nome gritado pela torcida, pois havia acabado de entrar no jogo.
Após o quarto gol, o Palmeiras esperou somente o tempo correr e se poupou. O Flamengo-PI, por sua vez, torcia para que o relógio marcasse logo o fim da partida e que seu martírio na fria noite paulistana de verão terminasse.
SANTOS
Dorival não pensa em mudanças e deve manter três atacantes no clássico
Treinador diz que time vem jogando bem com esse esquema. Por isso, não tem motivo para mudar. Madson deve ocupar vaga de Robinho
O técnico Dorival Júnior, do Santos, não pretende fazer mudanças no esquema da equipe para o confronto contra oCorinthians, domingo, às 17h (horário de Brasília), na Vila Belmiro, pelo Paulistão. Ele deverá seguir utilizando três atacantes. Madson é o mais cotado para substituir Robinho, que estará com a seleção brasileira. A diretoria do Peixe ainda tenta a liberação do Rei das Pedaladas, mas dificilmente vai conseguir. Até o momento, a CBF não respondeu aos apelos dos santistas.
Dorival explica que não tem motivos para alterar o esquema. Nem a provável presença de Ronaldo do outro lado faz o técnico pensar em uma formação mais cautelosa.
- Posso manter os três atacantes normalmente. Não tem problema nenhum. O time vem jogando bem dessa forma - comentou o treinador.
Para Dorival, a presença de Wesley em campo faz com que ele possa manter os três atacantes sem problemas. O técnico explica.
- O Wesley é muito versátil e pode cobrir bem todos os setores do meio de campo. Com isso, posso ter três atacantes, pois ele dá uma boa sustentação atrás, ao lado do Arouca. Se eu precisar, o Wesley pode jogar mais recuado, na marcação. Ele também pode ser adiantado como meia e até ser utilizado na lateral-direita.
Dorival explica que não tem motivos para alterar o esquema. Nem a provável presença de Ronaldo do outro lado faz o técnico pensar em uma formação mais cautelosa.
- Posso manter os três atacantes normalmente. Não tem problema nenhum. O time vem jogando bem dessa forma - comentou o treinador.
Para Dorival, a presença de Wesley em campo faz com que ele possa manter os três atacantes sem problemas. O técnico explica.
- O Wesley é muito versátil e pode cobrir bem todos os setores do meio de campo. Com isso, posso ter três atacantes, pois ele dá uma boa sustentação atrás, ao lado do Arouca. Se eu precisar, o Wesley pode jogar mais recuado, na marcação. Ele também pode ser adiantado como meia e até ser utilizado na lateral-direita.
CORINTHIANS
Após estreia 'gringa', Elias assimila espírito: 'A Libertadores é uma guerra'
Em seu primeiro jogo internacional, volante do Timão fala da catimba uruguaia e admite que, às vezes, é válido receber cartão amarelo
Um dia depois de dar ao Corinthians a suada vitória por 2 a 1, de virada, sobre o Racing-URU, quarta-feira, pela estreia na Taça Libertadores, o volante Elias curte o sucesso pelos dois gols marcados no Pacaembu. Em sua primeira partida internacional na carreira, o jogador reconhece a dificuldade de disputar o torneio internacional e reclama da catimba dos uruguaios.
- É um outro tipo de jogo. O Mano tinha avisado, mas foi dentro de campo que nós vimos que o bicho é bem diferente mesmo. Posso dizer que, pela história, por ser Libertadores, que eu nunca tinha disputado, foi a partida mais importante da minha carreira até agora – afirmou o camisa 7.
Elias se irritou durante o jogo pela forma de atuar do Racing. No primeiro tempo, depois de cometer uma falta mais dura, o marcador pediu desculpas, mas o uruguaio desferiu um tapa contra uma das mãos dele. Imediatamente, Tcheco apareceu para afastá-lo de qualquer confusão. Na etapa final, foi a vez de Ronaldo derrubar um rival na área e receber cartão
- É um outro tipo de jogo. O Mano tinha avisado, mas foi dentro de campo que nós vimos que o bicho é bem diferente mesmo. Posso dizer que, pela história, por ser Libertadores, que eu nunca tinha disputado, foi a partida mais importante da minha carreira até agora – afirmou o camisa 7.
Elias se irritou durante o jogo pela forma de atuar do Racing. No primeiro tempo, depois de cometer uma falta mais dura, o marcador pediu desculpas, mas o uruguaio desferiu um tapa contra uma das mãos dele. Imediatamente, Tcheco apareceu para afastá-lo de qualquer confusão. Na etapa final, foi a vez de Ronaldo derrubar um rival na área e receber cartão
- Às vezes, é válido tomar cartão para intimidar um adversário. A Libertadores é uma guerra. O Racing veio para uma guerra. Eles são catimbeiros, provocadores e até de certa forma desleais. Várias vezes, eu estava correndo e eles paravam e davam uma peitada, um murro sem o juiz ver. Se o Ronaldo se encolhe naquele momento, muita gente poderia também. Ele tomou um cartão marecido, mas em nenhum momento a equipe fugiu do pau – acrescentou.
Apesar da pouca experiência em partidas internacionais, Elias mostrou malandragem para tirar de campo o meia Flores. O jogador recebeu cartão vermelho depois de cometer falta sobre o volante alvinegro.
- Tocaram para mim, eu dei um tapa na bola e deixei o corpo. Foi uma falta para cartão – completou.
Apesar da pouca experiência em partidas internacionais, Elias mostrou malandragem para tirar de campo o meia Flores. O jogador recebeu cartão vermelho depois de cometer falta sobre o volante alvinegro.
- Tocaram para mim, eu dei um tapa na bola e deixei o corpo. Foi uma falta para cartão – completou.
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