Postagem em destaque

Real goleia o Liverpool

Real madrid goleia o Liverpool no jogo de ida depois de esta perdendo, teve falaha de goleiros e belos gols. Depos de estar perdendo por 2x0...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Adriano vence duelo com Ronaldo, marca e deixa Fla em vantagem na luta pela vaga


CORINTHIANS


Imperador converte pênalti e garante festa dos rubro-negros no 1º round entre os clubes mais populares do país pela sobrevivência na Libertadores
GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro
Tamanho da letra

Um dia depois da divulgação de uma pesquisa que apontava empate técnico no número de torcedores de Flamengo e Corinthians, a nação rubro-negra teve motivos para comemorar nesta quarta-feira. No duelo entre Adriano e Ronaldo, o Imperador levou a melhor e fez o gol que assegurou a vitória do Fla por 1 a 0 no duelo de ida entre os clubes mais populares do país pelas oitavas de final da Taça Libertadores.

Com o pênalti convertido pelo seu astro no Maracanã, o atual campeão brasileiro vai a São Paulo, na próxima quarta-feira, com a vantagem de poder se classificar com um empate. Ou até com derrota por um gol de diferença, desde que balance a rede no Pacaembu. O Corinthians precisa vencer por dois gols. Um triunfo do atual campeão da Copa do Brasil por 1 a 0 leva a decisão da vaga para os pênaltis. Quem sobreviver vai encarar o ganhador do duelo entre Universidad de Chile e Alianza Lima, que se enfrentam pela primeira vez nesta quinta-feira.

Chuva atrapalha no primeiro tempo

O efeito da forte chuva que atingiu o Maracanã a partir das 20h30m ficou evidente logo após o pontapé inicial. A bola recuada depois da saída dada pelo Corinthians parou em uma poça d'água, indicando a dificuldade que os jogadores encontrariam. Chutões, faltas e uma áspera discussão entre Juan e Dentinho marcaram os primeiros cinco minutos de partida. 

Ampliar FotoMaurício Val/VIPCOMM

Vagner Love marca Roberto Carlos no primeiro tempo de Flamengo x Corinthians

O Corinthians se adaptou mais rapidamente ao piso escorregadio. Vaiado a cada vez que tocava na bola pela torcida do Flamengo na primeira vez em que enfrentou o Rubro-Negro no Maracanã, Ronaldo encontrou espaço pela esquerda aos cinco minutos e atrasou para Jucilei, que tentou arrematar da entrada da área. Mas foi barrado pela defesa do Fla. No minuto seguinte, Roberto Carlos cobrou falta sobre a área, e Willians colocou, de cabeça, para escanteio, afastando o perigo.

Adriano só apareceu aos dez minutos, com um cruzamento da esquerda, facilmente defendido pelo goleiro Julio Cesar. Pelo lado canhoto, o Flamengo animou a torcida no minuto seguinte. Juan passou a bola por baixo das pernas de Ralf e centrou. A defesa corintiana se atrapalhou com as poças, e a pelota sobrou para Léo Moura chutar cruzado, para fora.

Diante do estado do gramado, as bolas alçadas na área se tornaram uma das melhores opções para os dois lados. Aos 14, Michael cobrou falta quase do meio-campo e encontrou Vagner Love na área. O camisa 9 rubro-negro cabeceou, e Julio Cesar defendeu. No lance anterior, Ronaldo, sempre acompanhado de perto por Rômulo, tentou arrancar e caiu na área, reclamando de pênalti. O árbitro Carlos Amarilla nada marcou.


Além da chuva e do campo, Roberto Carlos enfrentou um adversário extra aos 25 minutos. Ao tentar cobrar um lateral, foi atrapalhado por um laser lançado por um torcedor rubro-negro na arquibancada. O juiz paralisou o jogo por aproximadamente um minuto, e o goleiro Bruno fez sinais, pedindo para que a atitude não fosse repetida.

Se aos 14, Ronaldo reclamou de falta, aos 28 foi a vez de Adriano protestar, alegando que foi empurrado na entrada da área. O juiz também nada apontou. O gramado dificultou ainda mais a movimentação dos dois atacantes na primeira etapa. Nenhum dos titulares da seleção brasileira na Copa de 2006 conseguiu dar um conclusão sequer a gol no primeiro tempo. 

Ampliar FotoAndré Durão /GLOBOESPORTE.COM

Ronaldo foi marcado de perto e não conseguiu uma conclusão sequer a gol no primeiro tempo

A partir dos 30 minutos, a chuva diminuiu. E o Flamengo teve boa chance aos 31. Vagner Love acionou Juan pela esquerda, que cruzou para Léo Moura, que se esticou, mas não alcançou. Aos 34, nova investida rubro-negra. Adriano ajeitou para Maldonado, que lançou Love. O artilheiro do Fla no ano invadiu área, mas Chicão foi preciso, desarmando o atacante no momento em que este se preparava para arrematar.

A ascensão rubro-negra ficou abalada dois minutos depois. Maicon, que já tinha amarelo por falta em Elias, deu uma entrada imprudente em Dentinho a poucos metros do juiz. E recebeu o vermelho.

Sem um dos responsáveis por armar as jogadas do time, o Fla perdeu espaço no meio-campo, e o Corinthians teve mais posse de bola nos cinco minutos finais da etapa inicial. Aos 42, Roberto Carlos acionou Danilo pela esquerda. O meia cruzou para Elias, que não alcançou.

De pênalti, Adriano decide na etapa final

No segundo tempo, sem chuva e com o gramado em melhores condições, as equipes passaram a conseguir jogar mais pelo chão. Se não chutou uma bola a gol no primeiro tempo, Adriano arriscou de longe logo com dois minutos da etapa final. Julio Cesar defendeu.

Mas foi o time visitante que levou grande perigo. Aos cinco minutos, Moacir tocou para Dentinho na direita, e recebeu na pequena área. O lateral completou diante de Bruno, que conseguiu desviar com o pé esquerdo, salvando o Flamengo. A bola passou rente ao ângulo esquerdo. Apesar da intervenção do goleiro, o árbitro marcou tiro de meta.

A melhora do campo não impediu a equipe da casa de continuar errando muitos passes. Com dez minutos, diante da falta de poder ofensivo do Fla, torcedores rubro-negros começaram a pedir a entrada de Petkovic.

E por pouco, os rubro-negros não comemoraram aos 15 minutos. Juan cobrou falta sobre a área. A bola quicou e tocou no travessão, diante de um Julio Cesar assustado, com os braços recolhidos. No rebote, Adriano completou de voleio, à direita da meta. Do outro lado, Ronaldo não conseguia acertar. Aos 18, o Fenômeno não conseguiu dominar um cruzamento da direita, dando uma verdadeira canelada. 

Ampliar FotoFernando Maia/AGÊNCIA O GLOBO

Juan (6) sofreu o pênalti convertido por Adriano

Se vibrou com o erro do desafeto, a torcida do Fla comemorou para valer em seguida. Aos 19, Juan invadiu a área pela esquerda. Moacir chegou atrasado e derrubou o lateral. Pênalti. Adriano cobrou bem, no canto direito, longe do alcance do goleiro Julio Cesar. O atacante partiu para comemorar, mas interrompeu a corrida no meio, olhando com cara feia para a arquibancada. A recíproca não foi igual. Os gritos de "O Imperador voltou" ecoaram no estádio.

O gol acendeu a torcida do Fla. E alertou o treinador Mano Menezes, que fez duas alterações no Timão: Jorge Henrique e Iarley entraram nas vagas de Danilo e Dentinho, respectivamente.

O Corinthians avançou, passou a cercar a área do adversário, mas teve dificuldades para superar o bloqueio rubro-negro. E foi o Fla que teve uma excelente oportunidade. Aos 32, Willians fez boa jogada e lançou Adriano na área. O atacante cabeceou com estilo, e Julio Cesar fez grande defesa, espalmando para o travessão. No rebote, Roberto Carlos afastou.

Apesar da clara dificuldade de dominar a bola, Ronaldo criou uma boa chance aos 37 minutos. O atacante arrancou pela esquerda e cruzou. Iarley subiu na frente de Jorge Henrique, não conseguiu alcançar e ainda atrapalhou o companheiro, que vinha de frente para a meta.

Foi a última jogada de Ronaldo, que deixou o gramado vaiado para a entrada de Souza. O maior artilheiro da história das Copas do Mundo segue em branco no mais tradicional estádio brasileiro: nenhum gol em quatro jogos no Maracanã.

No desespero, o Corinthians ainda tentou empatar. Mas se limitou a um chute de longe de Jorge Henrique aos 41.

O Flamengo conseguiu manter a vantagem, para a festa da maior torcida do Brasil.

Ficha técnica: 
FLAMENGO 1 x 0 CORINTHIANS
Bruno; Léo Moura, David, Ronaldo Angelim e Juan; Rômulo, Maldonado (Toró), Willians (Fierro) e Michael; Vagner Love (Vinícius Pacheco) e Adriano.Julio Cesar; Moacir, Chicão, William e Roberto Carlos; Ralf, Jucilei, Elias e Danilo (Jorge Henrique); Dentinho (Iarley) e Ronaldo (Souza).
Técnico: Rogério Lourenço.Técnico: Mano Menezes.
Gol: Adriano (de pênalti), aos 18 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Michael, Fierro (Flamengo), Roberto Carlos (Corinthians).Cartão vermelho: Michael
Estádio: Maracanã. Data: 28/04/2010. Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai).Auxiliares: Emigdio Roa e Nicolás Yegros (Paraguai).
SÃO PAULO

Volante recebe vermelho por falta dura e se descontrola. Decisão das oitavas será na próxima terça, no Morumbi. Tricolor precisa vencer
Marcelo PradoDireto de Lima, Peru
Tamanho da letra

Mesmo tendo mais qualidade do que o Universitario, o São Paulo acabou considerando o empate por 0 a 0, nesta quarta-feira, no estádio Monumental, como um bom resultado. Afinal, o time paulista ficou com um homem a menos na segunda etapa - Richarlyson foi expulso por falta grosseira - e precisou lidar com a pressão do adversário, que até então não ameaçava. Com o resultado em Lima, o Tricolor tenta garantir a classificação para as quartas de final da Libertadores na próxima terça, no Morumbi, e para isso precisa de uma vitória simples. O mesmo placar leva a decisão para os pênaltis. Igualdade com gols classifica o time peruano (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado).

Washington volta, e Cicinho se machuca



Ampliar FotoAg./Reuters

Após dois jogos no banco, Washington volta a ser titular no Tricolor

Com Washington de volta ao time, ao lado de Dagoberto, o São Paulo entrou em campo com duas marcas especiais: 200 jogos de Hernanes pelo Tricolor e, principalmente, o jogo de número 900 do capitão Rogério Ceni pelo clube. Debaixo de vaias da torcida do Universitario,  o Tricolor começou já assustando o dono da casa: aos seis minutos, Cicinho carimbou a trave de Llontop.

O roteiro inicial foi de pressão são-paulina, mas com pouca eficiência na conclusão. O anfitrião quase não ameaçava Ceni. Washington era acompanhado sempre por dois marcadores. Vendo que o Universitario não ameaçava muito, o Tricolor foi arriscando mais.

E, aos 28, teve a melhor chance até o momento. Hernanes deu um passe de primeira para Marlos, que arrancou pela esquerda, driblou o goleiro e, ao chegar à linha de fundo, tocou para trás procurando Washington, que estava na área. Mas o passe foi curto demais, e Llontop teve tempo de voltar e espalmar. Galvan tirou quase em cima da linha a bola que rolava em direção ao gol. Susto para os peruanos.

Aos 36, o São Paulo perdeu Cicinho, que machucou o ombro direto em uma disputa de bola e depois teve o local imobilizado. Jean entrou para compor a lateral. O Universitario passou a arriscar mais, vendo que o Tricolor não marcava tão fechado. Mas o time paulista então alternou do 4-4-2 para o 3-5-2 quando não tinha a posse de bola. Com isso, Jorge Wagner jogava na ala, e Richarlyson fechava a zaga.

Marlos mais uma vez arriscou jogada individual aos 38. Passou por Galvan pela direita e cruzou para Dagoberto, que cabeceou à direita de Llontop. Mas, apesar de ter sido melhor, o Tricolor não conseguiu sair do 0 a 0 no primeiro tempo.

Richarlyson comete falta dura, é expulso e se descontrola

Ampliar FotoAg./Reuters

Revoltado, Richarlyson é contido por Alex Silva

O São Paulo manteve a estratégia de trocar de esquema constantemente no segundo tempo. O Universitario substituiu um volante por outro: Hernandes entrou na vaga de Gonzalez.

Se a marcação tricolor parecia melhor no segundo tempo, o poder ofensivo diminuíra. O time da casa começava a buscar o gol com mais empenho, e o técnico Juan Reynoso colocou mais um atacante na equipe: Rui Diaz. O São Paulo parecia satisfeito com o empate.

A situação do Tricolor se complicou aos 19 minutos. Imprudente, Richarlyson entrou de carrinho em Espinoza, tomou o segundo amarelo e, por consequência, o vermelho. Descontrolado, o volante tentou partir para cima do árbitro argentino Saúl Laverni e foi contido por Alex Silva. Depois, foi levado por um segurança do São Paulo para o vestiário. Espinoza, que também deu um carrinho no choque com o camisa 20, recebeu amarelo. Milton Cruz, auxiliar de Ricardo Gomes, teve que deixar o banco a pedido da arbitragem.

O sacrificado com a expulsão de Richarlyson foi Marlos, que saiu para a entrada de Junior Cesar. Com isso, o Tricolor perdeu a ligação do meio para o ataque e facilitou a vida do anfitrião.

O Universitario tentou aproveitar a vantagem numérica. Alva arriscou de primeira aos 23 minutos, mas Ceni estava atento. O jogo era outro. O dono da casa pressionava, e o São Paulo se segurava como podia. A sorte do visitante era que o time peruano não tinha muita qualidade.

Ricardo Gomes resolveu tirar Washington e colocar Renato Silva. A entrada de um zagueiro sacramentava o objetivo de segurar o empate. Mas o Tricolor ainda teve uma grande chance aos 41. Miranda pegou um rebote de primeira e a bola bateu em Hernandes. Quando ela quase entrava, Rabanal salvou o que seria o gol do time paulista. Jorge Wagner cobrou escanteio aos 43, e Rodrigo Souto quase tocou bem de cabeça, mas Llontop defendeu. E o São Paulo levou o empate para o Brasil.



Ficha técnica: 
UNIVERSITARIO 0 x 0 SÃO PAULO
Llontop; Revoredo, Galvan e Rabanal; Carmona (Miguel Torres), Granier Torres, Vasquez (Rui Diaz), Gonzalez (Hernandes) Espinoza; Piriz e Alva.Rogério Ceni, Cicinho (Jean), Alex Silva, Miranda e Richarlyson; Rodrigo Souto, Hernanes, Marlos e Jorge Wagner; Dagoberto e Washington (Renato Silva).
Técnico: Juan Reynoso.Técnico: Ricardo Gomes.
Cartões amarelos: Alva, Espinoza, Rabanal (Universitario); Jean, Rogério Ceni (São Paulo). Cartão vermelho: Richarlyson (São Paulo)
Estádio: Monumental, em Lima (PER). Data: 28/04/2010. Árbitro: Saúl Laverni (ARG). Auxiliares: Gustavo Esquivel (ARG) e Roberto Reta (ARG).
SANTOS

Atacante do Galo marca três vezes, mas Peixe só precisa de vitória simples em casa para seguir na Copa do Brasil
GLOBOESPORTE.COMBelo Horizonte
Tamanho da letra
Ampliar FotoAgência/Estado

Diego Tardelli marcou os três gols do Galo sobre o Santos, no Mineirão

A noite de quarta-feira não foi dos meninos da Vila. Diego Tardelli roubou o show, no Mineirão, e marcou os três gols da vitória do Atlético-MG sobre o Santos, por 3 a 2, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Mas a missão do Galo, que abriu o placar com apenas dois minutos de bola rolando, está longe de cumprida, já que os dois gols marcados fora de casa deixam o Peixe com a necessidade de vencer por apenas 1 a 0 na Vila Belmiro para seguir na competição. Para os atleticanos basta um empate. Se o placar se repetir a favor dos santistas, a decisão vai para os pênaltis.

Além dos gols de Tardelli - dois na primeira etapa e um na segunda - Robinho e Edu Dracena completaram o placar. As equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, no Pacaembu.


Tardelli faz gol relâmpago

Na primeira etapa, não houve tempo para que os meninos da Vila sequer apresentassem cartão de visitas. Com apenas dois minutos de bola rolando, Carlos Alberto fez cruzamento rasteiro, pela direita, e Diego Tardelli, dentro da área, se antecipou ao goleiro Felipe para abrir o placar. Mas o Santos não demorou para entrar no ritmo da partida, e o gol de empate quase saiu aos nove. Pará avançou pela esquerda e, da ponta da área, chutou colocado, buscando o ângulo esquerdo de Aranha, mas carimbou o travessão.

agência /Estado

Wesley (esquerda) disputa a bola com o atleticano Tardelli: meninos da Vila não brilharam

A pressão santista teve sequência. Aos 11, Marquinhos chutou de fora da área e obrigou Aranha a boa defesa. Aos 15, Robinho avançou pela direita, girou para se livrar da marcação e fez o passe para André, que pegou mal na bola e mandou por cima do travessão. O Galo deu a resposta. Muriqui tentou invadir a área pela direita, mas foi derrubado por Durval – falta assinalada. Na cobrança de Ricardinho, a bola passou tirando tinta do travessão de Felipe. Com os santistas tropeçando na marcação, e o placar favorável, a equipe do técnico Vanderlei Luxemburgo transformou o contra-ataque em sua principal arma. Aos 19, Tardelli avançou pelo meio e, apesar de ver Muriqui aberto pela direita, preferiu mandar uma bomba para o gol, mas Felipe fez boa defesa.

As duas equipes alternavam boas oportunidades de marcar. Aos 27, Ricardinho tentou o cruzamento para Jairo Campos, mas o equatoriano, dentro da área, não conseguiu completar. Aos 31, Durval se esticou dentro da área do Galo para desviar o levantamento de Marquinhos, mas Aranha antecipou a jogada e desviou para escanteio. Mas o time mineiro conseguiu ampliar aos 40. Após bate-rebate na área santista, Junior cruzou rasteiro para Tardelli, que recebeu em posição duvidosa, e chutou duas vezes - primeiro de direita, em cima de Felipe, e depois de esquerda, no rebote - para marcar novamente.

O Peixe descontou aos 44. Wesley fez o lançamento para a entrada da área, a zaga atleticana se adiantou, na tentativa de deixar Robinho em impedimento, mas o atacante santista recebeu em posição regular, tirou a bola do goleiro Aranha e fez o dele.

Tardelli rouba o show, mas Peixe segue na briga 

Com Jonílson no lugar de Correa, na volta do intervalo, o Atlético-MG repetiu o feito da primeira etapa e, com apenas sete minutos, Diego Tardelli fez o terceiro. Muriqui ganhou dividida de George Lucas e fez o passe para o camisa 9, que recebeu em velocidade pelo meio e tocou na saída do goleiro Felipe.

O técnico Dorival Júnior resolveu se mobilizar para dar nova vida ao seu time. Rodrigo Mancha substituiu Marquinhos e Maranhão ocupou a posição de George Lucas. A alteração surtiu efeito. Aos 19, Robinho subiu na área e cabeceou com força, mas Aranha apareceu bem, mais uma vez, e espalmou.

Logo depois, aos 20, o zagueiro Durval aproveitou o cruzamento de Ganso, e, de cabeça, tentou surpreender a defesa atleticana, mas foi mais um a parar em Aranha. Os treinadores lançaram mão de suas últimas substituições. Luxemburgo trocou Ricardinho por Leandro e Fabiano por Renan Oliveira, enquanto Dorival substituiu André por Zé Eduardo.

Melhor para o Peixe, que viu seu camisa 18 dar belo passe de calcanhar para Ganso, pela esquerda, aos 37, e, na sequência, Edu Dracena receber o cruzamento preciso na segunda trave para marcar o importante segundo gol fora de casa e deixar a disputa pela vaga nas semifinais em aberto.


Ficha técnica: 
ATLÉTICO-MG 3 x 2 SANTOS
Aranha; Carlos Alberto, Werley, Jairo Campos e Júnior; Zé Luís, Correa (Jonílson), Fabiano (Renan Oliveira) e Ricardinho (Leandro); Diego Tardelli e Muriqui.Felipe, George Lucas (Maranhão), Edu Dracena, Duval e Pará; Arouca, Wesley, Marquinhos (Rodrigo Mancha) e Paulo Henrique Ganso; Robinho e André (Zé Eduardo).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.Técnico: Dorival Júnior.
Gols: Diego Tardelli, aos dois e aos 40; Robinho, aos 44 minutos do primeiro tempo. Diego Tardelli, aos sete  e Edu Dracena, aos 37 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Zé Luís (Atlético-MG); Pará e Arouca (Santos).
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte. Data: 28/04/2010. Árbitro: Heber Roberto Lopes (PR). Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (PR) e Bruno Boschilia (PR).
PALMEIRAS

Atleta, que havia negociado com clube empresa quando ainda estava no Santos, sofre derrota na Justiça e não pode se transferir para o Alviverde
André Hernan e Julyana TravagliaSão Paulo
Tamanho da letra

Ampliar FotoMayra Siqueira/GLOBOESPORTE.COM

Carlinhos defende o Santo André, atualmente

Um problema jurídico envolvendo o lateral-esquerdo Carlinhos e o Brasa FC fez com que a diretoria palmeirenses freasse a negociação com o atleta. Pretendido pelo clube alviverde, o jogador, que está no Santo André, perdeu uma ação judicial para o clube-empresa, que detém seus direitos econômicos, e não pode se transferir para outra equipe.

A história envolvendo Carlinhos e Brasa se arrasta desde o ano passado. Em 2009, o atleta ainda estava no Santos e teve 60% dos seus direitos negociados com o clube-empresa. O pagamento ao Alvinegro foi parcelado e, na última prestação, o jogador desistiu do negócio. Por isso, o Santos parou de pagar seus salários. Com três meses de dívida com o Alvinegro, Carlinho acionou judicialmente o clube e conseguiu se desvincular da equipe da Vila Belmiro, transferindo-se para o Santo André.

O Brasa também moveu uma ação na Justiça Trabalhista contra o atleta neste meio tempo, e a decisão saiu na última terça-feira, dando ganho de causa ao clube. Lucimara Schimidt Delgado Celli, juíza da 7ª Vara do Trabalho de Santos, deu parecer favorável ao Brasa, determinando que Carlinhos se apresente para assinar contrato com o clube. Ciente da determinação judicial, o Palmeiras brecou as negociações com o atleta, que seria contratado pela Traffic, parceira do Alviverde.

- A negociação está parada até ele resolver este problema, que é dele com o Brasa. Tomamos conhecimento disso ontem e nada será feito até que o Carlinhos tenha sua situação regularizada – disse Gilberto Cipullo, vice de futebol do Palmeiras. 

Carlinhos tem contrato de cinco anos com o Brasa. Com o Alviverde, o atleta assinaria um vínculo de três anos. O lateral-esquerdo ainda pode recorrer da decisão.

No dia 28 de abril de 1940, times duelaram em São Paulo para entrar na história do futebol nacional
Gazeta do PovoCuritiba
Tamanho da letra
A tarde do dia 28 de abril de 1940 foi duplamente especial para o "half-direito" do Coritiba, Antônio da Mota Espezim. Há exatos 70 anos, Tonico, como é conhecido, fazia a sua estreia com a camisa alviverde em um jogo histórico.

Diante de uma forte equipe do Palestra Itália (atual Palmeiras), ele teve a honra de participar da inauguração do Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo. Nas arquibancadas, entre o presidente Getúlio Vargas e o interventor do estado Adhemar Pereira de Barros, 40 mil pessoas assistiram à vitória dos paulistas por 6 a 2. Talvez nenhum deles guarde a passagem com tanta emoção.

- Ainda hoje, por coincidência, conversava com um amigo sobre isso. Não tem muita coisa que possa dizer sobre o jogo, já que não era um grande jogador. Mas me sinto orgulhoso, dou muito valor por poder lembrar de coisas assim - continuou, com voz calma de quem tem 96 anos de experiência. 

Divulgação/Divulgação

Pacaembu em 28 de abril de 1940, data de inauguração do estádio no jogo Palestra x Coritiba


Ao lado de Aryon Cornelsen, também ex-presidente coxa-branca, Tonico é o último remanescente daquela equipe. Naquela época, sair de Curitiba já era considerado um grande feito para qualquer equipe paranaense. Participar do amistoso inaugural no maior estádio brasileiro na época, então, nem se fala.

- Naquele tempo, o Pacaembu era tudo”, lembrou Tonico, o primeiro brasileiro vencedor do prêmio Belfort Duarte. - Chegamos cheios de admirações pelo estádio, encabulados, sem saber o que esperar, nem como desempenharíamos o nosso futebol - explicou ele, que defendeu o Coxa até 1951.

A expectativa aumentou ainda mais depois do primeiro minuto de jogo. O ponta-direita Zequinha, que havia sido emprestado pelo rival Ferroviário apenas para aquele confronto, fez o primeiro gol no novo campo. Os donos da casa, porém, não desanimaram e antes do fim do primeiro tempo viraram o placar.

Mesmo com a derrota, o fato era que aquele Coritiba havia entrado para a história. Embora não fosse o atual campeão estadual, o time foi convidado a participar do embate no Pacaembu - que passou a ser chamado de Paulo Machado de Carvalho em 1961, em homenagem ao chefe da delegação brasileira na Copa de 1958.

De acordo com o Grupo Helênicos, a ligação do então presidente do clube, Antônio Couto Pereira, que abrigou as tropas de Vargas na passagem por Curitiba durante a Revolução 1930, apesar de não ter sido comprovada, é a explicação mais sensata para a inesquecível partida.

Com convite ou não, 70 anos depois, quem esteve lá decreta:

- Tenho a satisfação de ter sido lembrado, me sinto honrado por ter estado lá. Não fosse isto, essa lembrança, que valeu meu dia, talvez não tivesse vindo-  fechou Tonico, feliz como uma criança.

http://globoesporte.globo.com