Cesare Prandelli e Giancarlo Abete pedem demissão ainda na Arena das Dunas
Cesare Prandelli consola seus jogadores após a queda precoce na primeira fase | Crédito: Alexandre Battibugli
O gol meio de nuca de Godin ontem à tarde, na Arena das Dunas, não determinou somente a classificação do Uruguai às oitavas de final da Copa do Mundo e a eliminação precoce da Itália. Causou também a demissão dos dois homens mais importantes da Azurra: o técnico Cesare Prandelli e o presidente da Federação Italiana, Giancarlo Abete, que anunciaram a decisão na entrevista coletiva à imprensa logo após a partida.
“O projeto técnico não apresentou resultados, e por isso eu peço minha demissão”, disse Prandelli. “Perdemos o Mundial no jogo contra a Costa Rica (0 x 1). Tínhamos a possibilidade de fazer mais ali. Não fizemos, independentemente dos quatro atacantes que coloquei em campo. Também pesou a resistência atlética. Nossos jogadores não têm esse arranque que têm os uruguaios. Nosso futebol não produz esse tipo de jogador. Acho que, por isso, fomos bem contra a Inglaterra e depois fracassamos”, disse.
A coletiva virou uma espécie de sessão de psicanálise para os italianos. Abete disse esperar que Prandelli reveja sua posição, mas ele próprio tratou de emendar: “Eu estou me demitindo em caráter irrevogável. Quero cuidar mais da minha vida pessoal e de outros negócios”, disse o presidente.
Prandelli fez questão de dizer que a arbitragem prejudicou a Itália. “Um cartão vermelho mal aplicado causou nossa eliminação”, disse em referência à expulsão de Marchisio por entrada violenta em Arévalo Ríos. “Era uma partida dura, mas leal. Estavamos lutando de igual para igual. Mas a expulsão mudou o andamento da partida”. Prandelli aproveitou para fazer um desabafo. “No início do nosso trabalho, fomos insultados e xingados. E, de repente, começaram a exigir que carregássemos o país nas costas”.
Fonte: PLACAR
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