Brasília teve gasto de R$ 49 milhões com estrutura temporária
Heuler Andrey/ Agif/Gazeta Press
Os valores para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil estão sempre cercados de polêmica. A Copa das Confederações, torneio preparatório para o Mundial, que aconteceu em junho de 2013, também não poderia ficar de fora.
O Ministérios Público cobra da Fifa a devolução do dinheiro gasto em "estruturas temporárias" para as partidas da Copa das Confederações nas seis cidades que sediaram a competição. O valor aproximado é de R$ 230 milhões.
As denúncias foram realizadas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Pernambuco e Distrito Federal. O ressarcimento cobrado é relativo a gastos com tendas para patrocinadores, salas de transmissões dos jogos, camarotes para convidados e lojas oficiais.
Em reportagem da revista Veja, o MP alega que esse tipo de estrutura atende exclusivamente à Fifa e todas as ações têm o mesmo argumento: gastos públicos só serão aceitos se deixarem algum legado à população. De acordo com o procurador Athayde Costa, coordenador do grupo, "o governo firmou acordos ilícitos ao se comprometer a arcar com as despesas que fogem à finalidade pública".
Anexado ao projeto está um documento mostrando que na última Copa, na África do Sul, a própria Fifa pagou por essas estruturas ao redor dos estádios e, ainda segunda a revista, os cofres públicos poderão poupar R$ 1,5 bilhão caso as ações tenham êxito e, mesmo assim, elas não trariam prejuízos à Fifa, já que os lucros com o Mundial são estimados em R$ 10 bilhões.
Para evitar que mesmo condenada a Fifa repasse o valor ao governo do País, a promotoria pede à Justiça que cancele um dos compromissos feitos pelo Brasil com a entidade internacional, no qual despesas decorrentes de eventuais condenações judiciais contra a Fifa teriam de ser pagas pelo governo.
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